segunda-feira, 29 de abril de 2013

Tinha uma mãe dentro de mim

O nascimento da minha pequena abriu uma porta para dentro de mim e, ao entrar, descobri que lá estava uma mãe que não me havia sido apresentada. Era como se essa outra mulher cheia de sabedoria, instinto, segurança e amor sempre houvesse morado ali. Junto com a Nina, nasceram a imensa vontade de ser uma pessoa melhor, de saber mais, de não deixar pra lá, a estranha habilidade para imaginar desgraças e o amor infinito que ninguém mais poderia me ensinar.
Descobri a gravidez já com 17 semanas, isso quer dizer 4 meses. Eu estava no novo emprego havia pouquíssimo tempo, fumava dois maços de cigarro por dia, bebia bastante cerveja, passava por um momento ruim no relacionamento e cursava apenas o 2º ano da faculdade de Letras. Ainda assim, em nenhum momento desejei não estar grávida. 
A perspectiva de criar um filho me fez repensar tudo que me foi ensinado, quem eu era, o que gostaria que tivessem feito diferente, o que faria igual, quem eu gostaria de ser. 
Nesta caminhada tenho mergulhado na infinita fonte de informações que é a blogsfera materna e, através dela, adquirido consciência. Este blog pretende ser uma voz para dialogar com outras sobre assuntos que sempre me interessaram e outros para os quais a maternidade me despertou: criação com apego, amamentação, alimentação, cuidados com o meio ambiente, esporte, publicidade infantil, pedagogia, cultura, violência obstétrica, festas infantis, brincadeiras e o que mais vier. Sejam bem-vindos!